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SER PAISAGEM

Curadoria: Julia Lima

Assistente de curadoria: Ana Paula Socler

Massapê Projetos, São Paulo, Agosto/2021

Fora de mim

imagino na paisagem

a imagem do que fui

Alice Ruiz

                Um estranho ruído acompanha cenas muito aproximadas do que parece ser areia de uma praia. Distorcidas por uma lente, as imagens passam também a registrar a presença de uma pele, um corpo, que se mistura às incontáveis pedrinhas aumentadas e parece querer fundir-se, emaranhar-se ali, sem saber se está brotando ou se enterrando. Em seguida, num segundo momento, vemos a caminhada de uma pessoa por uma mata muito densa, segurando uma folha de papel em branco, como se buscasse pontos onde luz e sombra formam desenhos orgânicos das folhas e troncos – que logo se desmancham pelo lento deslocamento que atravessa a floresta. Como um preâmbulo ou um prelúdio da mostra “Ser Paisagem”, Carolina Colichio apresenta “Margem” (2021), e Nathalia Favaro apresenta “Intervalo” (2019), vídeos que já aprofundam o tema da mostra – a relação entre o corpo e a paisagem, em simbiose com a natureza.

                Esta exposição se pensa como um esforço duplo e de jogo, de troca e de interlocução. No grande trabalho da série “Matriz Óssea”, por exemplo, Colichio usa os próprios membros de seu corpo para fazer impressões sobre papel, revelando formas numa espécie de exploração de uma abstração sugestiva, ao mesmo tempo que conseguem evocar outras referências discrepantes: animais marinhos, acidentes geográficos, radiografias... Favaro também cria imagens que carregam sua dose de abstração, revelando um outro olhar para as topografias – principalmente mirando o território amazônico. As monotipias da série “Uso do Solo” remetem às áreas de desmatamento, mas sua leve tonalidade azulada também faz lembrar um raio-x do desflorestamento. No mesmo caminho, “Isso não é uma floresta” segue o curso do olhar para uma geografia afetada pela ação humana. Favaro redobra seus esforços de mapeamento da catástrofe ambiental que assola as florestas brasileiras, criando uma espécie de desenho-denúncia, que é marcado pelas coordenadas de latitude e longitude da área devastada em depressões sutis sobre o papel. Já em “Efeito de Borda”, a artista lança mão de imagens de satélite tiradas ao longo dos 900km da BR319, mapeando um fenômeno que tem seu nome igual ao da obra: em áreas de grande devastação para a agricultura, há pequenos blocos de floresta que não são derrubados (chamados “fragmentos florestais”) e que acabam tendo suas extremidades expostas às intempéries e aos efeitos da agricultura, morrendo lentamente de fora para dentro. Assim, ela transforma as imagens dessas margens afetadas em dezenas de peças cerâmicas claras, bastante geometrizadas, exibidas penduradas tal qual pedaços de carne numa espécie de barra metálica – quase como se a artista tentasse dar corpo físico ao acúmulo desse efeito nefasto que nem sempre nos chega sempre aos olhos. A ausência de cor e a ortogonalidade das peças invoca o futuro desértico de um solo morto e loteado.

 

                Em paralelo, Colichio também faz menção a desastres naturais. Na série “Sedimento precipitado”, mais pictórica, a artista conjura uma imagem da química – sedimento é aquilo que se assenta, ou se separa, no processo de precipitação. Em papel e em tela, as pinturas são como uma dupla de negativo e positivo de formas muito similares, reproduzidas de jeitos contrários. Com os derramamentos de petróleo em mente, o trabalho em bastão oleoso evoca em sua cor e textura os “acidentes” com o combustível fóssil (gerado ao longo de anos nas bacias sedimentares). Com linhas quase invisíveis, ele se constrói pela remoção com ponta seca das camadas de matéria graxa, como se aludindo à dificuldade de recolhimento do óleo no mar. Ao seu lado, a outra obra de mesmo nome dá um corpo mais robusto a essa sedimentação sucessiva, carregando de tinta óleo silhuetas que ora parecem pedras em camadas no solo, ora parecem as manchas congeladas no tempo. Como Favaro, a artista também peças tridimensionais em cerâmica, como “Sem fim” – duas esculturas em cerâmica que são, simultaneamente, órgão visceral e casca, pele; entidades separadas e um único ser cindido; amantes e inimigos. Já em seu “Caça-palavras”, a cerâmica não inventa novas figuras, mas conforma- se a pedras coletadas que são cobertas pela argila, queimadas, e transfiguradas então em objetos híbridos (meio rocha, meio verniz).

 

                Por entre materialidades tão variadas e marcantes, “Ser Paisagem”, cria pontes entre os trabalhos, atravessamentos que não existiriam sem as vizinhanças e aproximações estabelecidas aqui, gerando um campo compartilhado onde cada obra fala de si, mas também fala do outro – e, para o público, é preciso estar atento para ouvir seus sussurros silenciosos. Convivem, nesta exposição, pesquisas muito singulares e profundamente potentes, mas igualmente tangentes, que se aproximam ora pela maneira de olhar para o objeto do trabalho, ora pela maneira de realizá-lo, o que alimenta um diálogo precioso entre as afinidades e as disparidades dessas artistas.

SER PAISAGEM

Curadoria: Julia Lima

Assistente de curadoria: Ana Paula Socler

Massapê Projetos, São Paulo, Agosto/2021

Fora de mim

imagino na paisagem

a imagem do que fui

Alice Ruiz

                Um estranho ruído acompanha cenas muito aproximadas do que parece ser areia de uma praia. Distorcidas por uma lente, as imagens passam também a registrar a presença de uma pele, um corpo, que se mistura às incontáveis pedrinhas aumentadas e parece querer fundir-se, emaranhar-se ali, sem saber se está brotando ou se enterrando. Em seguida, num segundo momento, vemos a caminhada de uma pessoa por uma mata muito densa, segurando uma folha de papel em branco, como se buscasse pontos onde luz e sombra formam desenhos orgânicos das folhas e troncos – que logo se desmancham pelo lento deslocamento que atravessa a floresta. Como um preâmbulo ou um prelúdio da mostra “Ser Paisagem”, Carolina Colichio apresenta “Margem” (2021), e Nathalia Favaro apresenta “Intervalo” (2019), vídeos que já aprofundam o tema da mostra – a relação entre o corpo e a paisagem, em simbiose com a natureza.

                Esta exposição se pensa como um esforço duplo e de jogo, de troca e de interlocução. No grande trabalho da série “Matriz Óssea”, por exemplo, Colichio usa os próprios membros de seu corpo para fazer impressões sobre papel, revelando formas numa espécie de exploração de uma abstração sugestiva, ao mesmo tempo que conseguem evocar outras referências discrepantes: animais marinhos, acidentes geográficos, radiografias... Favaro também cria imagens que carregam sua dose de abstração, revelando um outro olhar para as topografias – principalmente mirando o território amazônico. As monotipias da série “Uso do Solo” remetem às áreas de desmatamento, mas sua leve tonalidade azulada também faz lembrar um raio-x do desflorestamento. No mesmo caminho, “Isso não é uma floresta” segue o curso do olhar para uma geografia afetada pela ação humana. Favaro redobra seus esforços de mapeamento da catástrofe ambiental que assola as florestas brasileiras, criando uma espécie de desenho-denúncia, que é marcado pelas coordenadas de latitude e longitude da área devastada em depressões sutis sobre o papel. Já em “Efeito de Borda”, a artista lança mão de imagens de satélite tiradas ao longo dos 900km da BR319, mapeando um fenômeno que tem seu nome igual ao da obra: em áreas de grande devastação para a agricultura, há pequenos blocos de floresta que não são derrubados (chamados “fragmentos florestais”) e que acabam tendo suas extremidades expostas às intempéries e aos efeitos da agricultura, morrendo lentamente de fora para dentro. Assim, ela transforma as imagens dessas margens afetadas em dezenas de peças cerâmicas claras, bastante geometrizadas, exibidas penduradas tal qual pedaços de carne numa espécie de barra metálica – quase como se a artista tentasse dar corpo físico ao acúmulo desse efeito nefasto que nem sempre nos chega sempre aos olhos. A ausência de cor e a ortogonalidade das peças invoca o futuro desértico de um solo morto e loteado.

 

                Em paralelo, Colichio também faz menção a desastres naturais. Na série “Sedimento precipitado”, mais pictórica, a artista conjura uma imagem da química – sedimento é aquilo que se assenta, ou se separa, no processo de precipitação. Em papel e em tela, as pinturas são como uma dupla de negativo e positivo de formas muito similares, reproduzidas de jeitos contrários. Com os derramamentos de petróleo em mente, o trabalho em bastão oleoso evoca em sua cor e textura os “acidentes” com o combustível fóssil (gerado ao longo de anos nas bacias sedimentares). Com linhas quase invisíveis, ele se constrói pela remoção com ponta seca das camadas de matéria graxa, como se aludindo à dificuldade de recolhimento do óleo no mar. Ao seu lado, a outra obra de mesmo nome dá um corpo mais robusto a essa sedimentação sucessiva, carregando de tinta óleo silhuetas que ora parecem pedras em camadas no solo, ora parecem as manchas congeladas no tempo. Como Favaro, a artista também peças tridimensionais em cerâmica, como “Sem fim” – duas esculturas em cerâmica que são, simultaneamente, órgão visceral e casca, pele; entidades separadas e um único ser cindido; amantes e inimigos. Já em seu “Caça-palavras”, a cerâmica não inventa novas figuras, mas conforma- se a pedras coletadas que são cobertas pela argila, queimadas, e transfiguradas então em objetos híbridos (meio rocha, meio verniz).

 

                Por entre materialidades tão variadas e marcantes, “Ser Paisagem”, cria pontes entre os trabalhos, atravessamentos que não existiriam sem as vizinhanças e aproximações estabelecidas aqui, gerando um campo compartilhado onde cada obra fala de si, mas também fala do outro – e, para o público, é preciso estar atento para ouvir seus sussurros silenciosos. Convivem, nesta exposição, pesquisas muito singulares e profundamente potentes, mas igualmente tangentes, que se aproximam ora pela maneira de olhar para o objeto do trabalho, ora pela maneira de realizá-lo, o que alimenta um diálogo precioso entre as afinidades e as disparidades dessas artistas.

Abre Alas#16 

Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, Brasil

Para seguir sem olhar pra trás

15.02.2020

Que a destruição comece,

e que seja de dentro,

que ela venha com a percepção dos olhos,

como algo que nunca foi visto.


De onde podemos ver, arrancar e perceber e assimilar? Mais do que convidar, mais do que aceitar, mais do que admitir, mais que se redimir, mais que saber do privilégio, mais do que citar paridades. Fazer parte ao perceber a ignorância. O que não se pode ver, saber e negar? Que os corpos são múltiplos e múltipla é a inteligência.
Que o que é coletivo pode ser estrutural e o que é estrutural pode ser refeito por dentro e por fora. E quem está dentro?
Aqui dentro artistas, fazendo sua arte para nós, o público. Que seja assim, que as categorias sejam das inteligências, das linguagens, das vistas de perto.
Uma exposição. É para ser levada a sério, é para ser vista muitas vezes, é para contar para todas as pessoas, é para star com todas as pessoas, é para perceber que tem alguma coisa ali que não tinha antes. É só para ser arte.

E cada nome deve ser dito em voz alta: André Niemeyer, Andréa Hygino, Darks Miranda, Fátima Aguiar, Gilson Andrade, Juliana dos Santos, Leka Mendes, m. morani, max víllà morais, Nathalia Favaro, Reitchel Komch, Val Souza, Yan Copelli

Comissão de frente:

Keyna Eleison, Pablo León de La Barra e Yuhri Cruz

O Gesto e o Vazio

Curdoria: Elias Muradi, Ely Lutaka, Eduardo Ferrer e Luciana Nemes

Fundação Mokiti Okada, São Paulo, 2019

Nathalia Favaro experimenta algumas formas do mundo por meio do gesto de criação, elaborando, através da cerâmica, uma arquitetura de coisas existentes articuladas no espaço. Permite que a a realidade do objeto se manifeste partindo de um outro ponto de vista, ao mesmo tempo que os apreende desde seu interior. Suas obras evidenciam o olhar para aquilo que pode, muitas vezes, ser imperceptível ou desimportante, como os galhos secos de uma árvores.

 

O gesto de reprodução, impressão, cópia e indício são marcas dos trabalhos reunidos nesta exposição, que transitam pela gravura e a pela cerâmica, transbordando as fronteiras dessas linguagens em obras que ora estão na bidimensionalidade ora na tridimensionalidade. 

O observador poderá experimentar o espaço através dos vazios que são modelados pelos gestos da artista, que revelam as intenções da matéria que constitui as esculturas. É um convite para articular olhares entre superfícies e tensões sensíveis, que vão desde cores impressas que refletem nas retinas até o vazio entre as massas de argila. 

Tais obras apontam para um exercício de percepção, uma vez que o olhar humano é condicionado a um ponto de vista. Há que se purificar o campo da experiência, neutralizando os pressupostos para desenvolver outros sentidos. O vazio, então, abre então inúmeros campos de assimilação. Apreender as formas comuns como reservatórios da pureza, o grau zero, a essência. O pensamento puro que contempla a forma pura.

Meios e processos de criação

Curadoria: Ana Carolina Ralston

Orientação: Katia Salvany

Fábrica de Arte Marcos Amaro, Itu, São Paulo, 2019

Para Henri Matisse (186901954) nunca foi fácil pintar. Em seu processo criativo, ele refazia inúmeras vezes suas telas na tentativa de chegar àquela que ele chamava de "pintura real". Assim nasceram várias de suas importantes obras, como Natureza-Morta com compota (1899). Já Pablo Picasso (1881-1973) gostava de experimentar o desenho da forma mais realista possível para, a partir dele, simplificar seus traços, como vemos na célebre Bull (1945), em que o mestre cubista destrói em trípticos três espécies de touros em finos traços. Esses dois exemplos reforçam a ideia de que o processo de criação não é apenas um meio para se chegar onde queremos, mas também uma dimensão da arte de cada um, tão importante quanto o trabalho terminado. Tal caminho a ser percorrido foi a proposta do curso Meios e Processos de Criação, ministrado pela artista e professora Katia Salvany, na Fabrica de Arte Marcos Amaro, e que dá origem à coletiva homônima em cartaz na instituição.

A trajetória dos 19 artistas que compõe a exposição na FAMA cruzou-se neste mesmo museu, em Itu, e desdobrou-se ao longo de oito encontros, dando origem a trabalhos inéditos. Em comum, tais criativos são paulistas, nascidos nas cidades do interior ou mesmo na própria capital, e trazem como referência suas percepções do mundo que os rodeia. São eles Alexandre Arthur Silveira (Campinas), Roberto Sampaio - Dagô, Eliete Della Violla (Sorocaba), Fabio Florentino (Iperó), GIlberto Gomes - Gil (Sorocaba), Ilana Wajcber (São Paulo), Isabela Tozini - Bella (Cabreúva), Isis Gasparini (São Paulo), Larissa Camnev (Campinas), Lídice Salgot (Piracicaba), Luhly Abreu (Itú), Malu Pessoa Loeb (São Paulo), Marília Scarabello (Jundiaí), Nathalia Favaro (São Paulo), Raffa Gomes (São Paulo), Silvana Sarti (Sorocaba), Stenio Oliveira (Campinas) , Tangerina Bruno (Porto Ferreira) e Thatiana Cardoso (São Bernardo do Campo).

Se nos processos esses artistas tiveram grande troca, nos suportes utilizados eles caminharam por direções variadas. De pinturas a performances, passando por esculturas, desenhos, fotografias, videoarte e site specific, cada autor apresentou à curadoria uma rica gama de pensamentos e propostas, que elencou apenas um exemplar para contextualizar suas respectivas vivências na Fabrica, estabelecendo sempre uma relação entre o espaço usado durante o processo e sua obra final. Bem-vindos aos diversos caminhos da criação.

Como falar com as árvores

Curadoria: Lilian Fraiji

Galeria Z42, Rio de Janeiro, 2019

Humanos, não humanos, eu e você, estamos conectados para sempre através dos ventos, das águas e de outras pequenas partículas e microrganismos que operam silenciosamente na paisagem e moldam o mundo. As árvores, majestosamente, regem essa afinada orquestra de entidades vivas e não vivas. São elas as grandes protagonistas da relação entre a biosfera e a atmosfera, estando fundamentalmente ligadas 'a existência de toda a vida no planeta.

Conceber a natureza e o nosso lugar no seu interior como parte constituinte do todo é uma questão eminentemente social e existencial. A crise ambiental e a frequência com que vivenciamos as catástrofes naturais exigem uma outra lógica de conceber, atuar e projetar o mundo. Um projeto de construção social baseado no que Bruno Latour chama de "multiplicação de híbridos", com uma projeção de uma política ecológica igualitária entre humanos e não humanos.

Coexistir, interagir e trocar energia com os seres e com os fenômenos da natureza foram os pontos de partida para o desenvolvimento de trabalhos artísticos aqui apresentados. É a presença do corpo do artista, afetado pela temporalidade e espacialidade da Floresta Amazônica, que é transcrita em um conjunto de processos, matérias e técnicas poéticas, derivadas da participação no programa de imersão artística LABVERDE.

Compreender a linguagem dos organismos, contar suas histórias, é usar a alma para capturar os sinais imperceptíveis aos sentidos. A natureza passa, então a ser interpretada sob a ótica dos seres em um exercício de imaginação empática. Aqui, neste pequeno cosmos da galeria, pessoas são árvores e árvores são peixes, peixes são aves e aves são folhas, folhas são matérias e a ausência delas, tudo faz parte do todo, tudo se dobra em si mesmo em uma teia infinita de encontros. 

Da vontade transgressora de descolonizar a natureza nasce um fio invisível que conecta um grupo de artistas de diferentes partes do mundo. Artistas conscientes de que as árvores sobrevivem muito além de nós, que são testemunhas ocultas das transformações antropogênicas no planeta e que, possivelmente, estarão aqui quando nós já não estivermos. Enquanto ainda há tempo, vamos ouvir, falar e coexistir com as árvores. 

Mostra Derivações

Texto: Edith Derdyk

Artistas participantes: Angela Quino, Isabel Villalba, Ivanise de Carlo, Roberto Barbosa, Melina Furquim, Nathalia Favaro, Tamara Andrade e Thais Guglielme

Ateliê Alê, São Paulo, 2016

O Grupo Peabirú, composto por 'artistas que caminham' e 'caminhantes que trabalham com arte' nasceu de encontros e imersões coordenados pela artista e educadora Edith Derdyk, dentro da plataforma 'Bagagem: caminhada como prática poética'. Desde fevereiro de 2016 o grupo se encontra regularmente, desenvolvendo projetos pessoais e coletivos, investigando territórios e mapeamentos, envolvendo pesquisas, estudos e práticas artísticas.

A mostra DERIVAÇÕES é a primeira 'cartografia dos atravessamentos' decorrente destas experiências, a partir de enunciados que foram sendo propostos no decorrer deste ano de forma horizontal e plural e, aprofundados de forma vertical e singular. Cada artista, aqui, nos oferece um universo de 'pensamentos possíveis', desenvolvidos sobre o ato de caminhar - num arco extenso de possibilidades simbólicas e formais - abrindo chaves para que novas e outras paisagens se instaurem para futuras trilhas, veredas, atalhos e rotas.

 

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